Tecem as horas,o céu plúmbeo da noite
Enquanto a vida dorme,em fronha sonhos d’oiro
De menina com príncipes e fadas;outros tantos, mais cansados
Ante oceânica desventuras ,espasmos,fantasmas cotidianos;
Entregues ao sono,profundo apenas;
E tecem as horas os galos cantantes,se saltitantes não  os vejo,
Na dança da aurora.Que melodia há em seu canto?
Tão breve,e melancólico;qual despedida, de quem vai e não volta do exilio
Mistério, percorre as horas  até o amanhecer.
Como insone ,a descortino também neste poema;
Ao termino finda espera de todo artesão da noite,ressurge  o dia,
E passáros ,e borboletas,  e flores  e pessoas
No balé da vida ,desperto do coma da noite.
 

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