Olhando-me a distância

 
Olhando-me a distância
 
Nada mudou, continuo revivendo as mesmas senas de despedidas e sonhos.
Tornei-me difícil de ser compreendido, me sinto deslocado por não entender o sentido de meus atos.
Sou como um pássaro que voa bem alto e por isso não sou acompanhado por ninguém, permaneço em meu vôo solitário e desprendido de qualquer sentimento, somente meu egoísmo me basta agora, mas se me olhasse bem de perto saberia que tenho feridas abertas e estas não param de sangrar.
 E por isso vôo alto, na busca de que meus machucados não sejam percebidos, e eu não venha se alvo de pena de nem um outro ser, que diferentemente de mim não enxerga o quanto também esta ferido, também não busco remédio para elas deixo que o tempo dê jeito e as cicatrizes e assim vou voando sempre no sentido contrário neste céu estranho e sem afeição.  
 

 

Vilmondes
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