Tristeza, dor e agonia
Ódio, vazio e fraqueza.
Tentação, perdição e esperança
Sempre por último, a esperança
Um pensamento obscuro vaga solene
Como o vento nas folhas, apoderou-se de mim
Dominou-me por inteiro, sem chance de escapar
A lua, para mim, deixou de brilhar.
Neurônios e reflexos mais rápidos que a luz
Pára, sai daqui, me deixa em paz.
Engole-me! Abriga-me! Recobre-me de ternura!
Sem mais suspiros, a batalha foi perdida
Foi demais, foi atroz, foi tudo e muito mais.
Após outonos e invernos,
Após tentativas internas e externas,
Restou o sentimento derradeiro:
Tentei atravessar um rio a nado
E acabei caindo na cachoeira.
Acaba logo com isso, eu não agüento mais.
Sou uma formiga e você meu sapato
Tentei, tentei, tentei. Tentei mas não consegui
Morri sem saber por quê.
Existia, no entanto, uma faísca,
Que extinguia o vento, assim como a folha
Me devorava por dentro, comia minhas entranhas
Mas por fora, recobrava minha consciência.
Fui abrindo os segredos da minha existência
E agora que venci a batalha
- ou venceram-na por mim.
Eis um conselho:
Hope is the last one on the battlefield,
Always fighting, shining still,
Always trying the love to wield.
Tearing apart,
Toiling towards
The meaning of life when breezes chill.
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