Em meus sonhos pude ver
Um homem na escuridão
Quando tentava teu rosto ver
Ele dizia: ainda não!
Noite escura, céu aberto
Me arranquei da solidão
Mas se o quisesse mais perto
Ele dizia: ainda não!
Em teus olhos eu queria olhar
Dar certeza ao meu coração
Mas se me via aproximar
Ele dizia: ainda não!
Se o conseguia abraçar
Meu corpo tremia de paixão
Sentia medo de acordar
E ele dizia: ainda não!
Tantas noites o mesmo sonho
O mesmo homem, a mesma emoção
-Quando irei te encontrar?
Ele dizia: ainda não!
De costas pra mim permanecia
Rosto voltado pra imensidão
Um grande amor ali surgia?
E eu ouvia: ainda não!
28 de Julho de 2005
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele