mansa segue a vida
resumida, mal vivida,
jamais refletida
mansa e imaculada
feito uma folha alva
boiando insana, vazia.
mansa e descuidada, vadia,
desde que não se cobre
sentidos, não cutuque feridas
mansa, sonsa, libertina,
saciada em risos amarelos
vai na correnteza dos fatos
nau solta, barquinho frágil
a sonhar com o grande mar
mansa segue a vida, iludida...
Poesia selecionada para figurar na 67° Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos,
editora CBJE, Rio de Janeiro, edição junho/2010
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