Minha alma já não busca mais respostas, embora continue a ter todas as perguntas.

A canoa também desliza as águas sem compreender suas marés. Apenas segue seu caminho no imenso rio que se debruça sobre os braços da terra, enquanto segue estradas que não fez e simplesmente precisou aceitar.

Nem mesmo sabe o rio onde desemboca sua correnteza, nem porque a canoa singra suas águas sem visto de permissão, nem que ela leva a alma navegante, a buscar um sonho para além das águas do mar.

Assim, sigo meu caminho sem encontrar todas as respostas, enquanto as perguntas são as que me mantém a remar.

(Prosa Poética)

Maria
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