A VIAGEM CONTINUA
                     Quanto tempo? Ah, eu não sei! É uma situação intrincada saber quando viemos e quando vamos, para depois...                           Mais na verdade, quando passamos dos 50 aprendemos que o tempo é uma questão sistêmica de fatos novos e velhos que se renovam e nele contem o passado, e é nesse parâmetro que se aglutinam as lembranças dos tempos idos. Esboçamos às vezes um sorriso meio sem graça quando nos vem a mente uma época especial, grandes eventos e outros pequeninos mais de magnânima importância, pela satisfação que traz, porque destilam amor de verdade, aquele que a gente sente que nunca vai acabar, ele está conosco o breve e inesquecível momento chamado eternidade... A saudade vai sempre nos bater a porta, de um alguém tão querido que inesperadamente partiu, nem tivemos tempo de abraça-lo, seguir com os olhos o ultimo olhar, o aperto de mão e de sentir soar nos ouvidos palavras encorajadoras e de afeto como: te gosto como a um filho...
                          Dói, sabe! Dilacera o coração saber haveres partido em viagem sozinho, só acompanhado de Malach, o barqueiro que remou em águas turvas em direção a um túnel de luz, assim quando o pano se fecha nessa dimensão e se abre em uma outra maior chamada brilho. Agora não mais caminhas, flutuas e levantas vôos mesmo sem ter asas e és esperado por Elohim em supremacia à tua passagem por aqui onde nos destes alegria e felicidades mas que deixastes em nós uma saudade que nunca vai passar... Visita-nos em nossos sonhos para que tenhamos alegria ao amanhecer e tornemo-nos unidos para que o amor nos faça suportar a falta que você nos faz. Que Deus te tenha meu amigo Iran Chaves Peixoto, nos te amaremos sempre, até mais...

AIRTON GONDIM FEITOSA
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