Silêncio... Silêncio...

Minha alma fala o que vai no peito,
o que corre dos olhos molhando o leito.
pede que a tempestade cesse, acabe,
que o sol brade o grito de calor e alento.

De um lado ao outro se embala meu ser,
como num berço de acalentar despedidas,
abraça-se em si, toca o céu da dor,
e soluça o espírito em manso torpor.

Sem entender, nem compreender o todo,
as tantas palavras, promessas futuras, sem as ver,
relembra- as com o peito a arder. É muito sofrer.

E agora o silêncio que prende a voz, o canto,
ecoa já em mim e faz forte meu pranto,
retumba no vento, é eco do teu - ah! como lamento.
 

Maria
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