Se o cansaço toma minha alma é meu corpo que sente.
Enquanto as forças desaparecem o espírito esmaece.
Anestesiados os sentidos, suporta tudo agora, até a morte.
O interior enfraquecido, fragilizado, só espera, o nada, o tudo.
E as folhas caíram todas, me vejo nua no meio da chuva,
cada gota de água que cai queima a pele e abre uma cratera.
Faz um lugar onde as lágrimas formam lagos de fogo de dor,
qual lava acendem tudo, mas queimam o interior, e não é virtual.
A fraqueza quebra meus galhos, dobra as hastes qual papel,
que venha o que vier e haja o que houver, tudo pode chegar,
até a morte, pode me levar, não sei se sinto algo. Morri?
Clamo o céu, peço por ele, quero o sol, sua luz em minhas asas,
nada mais importa, afogo-me em minha própria dor, arde, dói.
- Ah, como choro. Choro para secar tuas lágrimas que nunca vi.
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