O sabiá está cantando
Em sua gaiola sem parar
O seu peito dilatando
Todo o amor que vive a guardar.
Canta, canta passarinho
Canta fora do seu ninho
Toda a saudade e amargura
De viver eterno exílio
Por isso o teu gemido
Desfaz-se em canto de tristura.
Enquanto se admiram de seu canto
Suavemente entoado
Sucumbindo em desânimo
O sabiá continua cantando
Esbravejando seu desejo de livremente poder voar.
Tirar a liberdade de um animal é matá-lo, ainda que continue vivendo.
AP (Pensadora)
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