Bem no fluxo do sonho moribundo,
A mente procura o significado
Do que é vagar sem rumo.
Bem no seio do céu profundo,
Um bando de corvos, açores
Albatrozes, gaivotas e bem-te-vis
Voa inalando o eflúvio do caótico mundo.
Bem no âmago das chacinas, úlceras, mentiras,
Mazelas, senzalas modernas e opressão,
Repousam as guloseimas que anestesiam
Sensores de discernimento da razão.
Contra o triunfo
Do horizonte soturno,
Há a resistência da contumaz e inerme
Flor amarela que aflora
Do solo dos opacos olhos cor de insone névoa.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
© Todos os direitos reservados
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