A roupa que despiu sensualmente,
Naquele strip-tease original,
Pouco a pouco exibia no cristal
Um corpo esbelto, bronzeado, quente!

Nua na cama sentou molemente,
Pernas abertas numa vertical,
Seus dedos fazem, na vulva carente,
O seu masturbatório ritual;

Escancarada, de orgasmo à mingua,
Manda o parceiro passear com a lingua
Pelo clitóris que volúpia aborta...

Mas quando este seu apelo atende
Vê que da moça como um fardo pende
O corpo inerte... Ela estava morta!
 

josé riomar de melo freitas
© Todos os direitos reservados