Eu, querendo romper
Essa gincana colossal
De aço, estrutural,
Numerosa e social
Que me observa.

Ora olho ao lado para ver
Ora para o outro a escutar
Como se ela estivesse sempre
A espreitar o que faço.

São numerosas:
As sociedades
Nas ruas e avenidas
Todas em seus comportamentos,
Dignas e aceitáveis.

Me contorço a esconder
Em seus trânsitos caóticos
Infernais e congestionados
Chego a ficar sem ar.

Sempre a titubear
Na dúvida hesito
E vivo aos tropeços,
Como te encontrar neste caos?


 


Doni
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