Amedronto-me
diante do altar
que foi
teu corpo
adornado por véus
hemi transparentes.
Amedronto-me
diante de gente
que foi
tua amiga
inspirada por casualidades
pretérito passadas.
Amedronto-me ante a coragem
de ter te enxergado namorada
e de ter jazido na normalidade
de tudo que parece ser
comum.
Amedronto-me, bebum
que sou...
Será covardia dar dois passos atrás?
Coragem inescrupulosa
contamina os pobres mortais
que ululam palavras de ordem!
Por isso prego a desordem
das convenções hipócritas e histéricas
dos porres de derrocadas homéricas
certo que estou
que não nasceste para tecer
rendas de fio fino.
Tenho medo que não dê tempo
de subjugar o destino
e que sucumbamos
à sensação imbecil
de olharmos o vazio
e lembrarmos
do que fomos.
Devorei você.
E tenho medo disso também...
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