Desilusão - Soneto

 

 
O dia surgiu pálido como a morte
O sol recusou-se de nascer
Os pássaros protestando a minha sorte
Resolveram se calar no alvorecer
 
Um vento radial vindo do norte
De assalto, dominou todo o meu ser
Destruiu o que tinha de mais forte
A vontade inabalável de viver
 
Não! Não sou eu quem eu vejo no espelho
Esse um monstro com orelhas de coelho
É a sombra de um cadáver inanimado
 
Meu futuro ao mundo será nocivo
Meu presente é lixo radioativo
Nada eu fiz, jamais, no meu passado

 

JHoracio
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