Canção da Grecia

 
O último asilo – o coração.
O verso – é uma pousada.
Senhor, minha casa é pobre... Põem sobre mim sua mão que é como onda em rebentação. 
Ide bater a minha porta senhor, livra-me da alabarda...
A terra é medonha... As pessoas são árvores nuas.
Por isso eu te amo senhor,
Quer na felicidade quer na dor.
Teu amor não tem trevas é – um astro no silêncio, sua voz uma canção nas noites de luas,
É brisa – me acalma,
É abrigo – com braços levantados para a alma.
Estou molhado do dilúvio, trago o novo mundo nos músculos,
Oh! Bendito os que semeiam grãos minúsculos.
Abre a mente do povo com livros... Livros à mão cheia... Manda o povo pensar!  
Mostra-lhe o asilo – o coração para que possam repensar.

Eric Fall
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