LABIRINTOS
Achei-me no silêncio das paixões,
Sou um aprendiz aos picos de explosões.
Durante o dia, invento profissões.
Leio apenas os livros que falam de romances.
Depois da varredura nos meus pensamentos ficam os males, paisagens de vestido preto. Tudo é devorado por saudade e dor.
Nesta hora em que a lua ladra com os cães.
A noite escura, o calor da poesia, que vem desmesurar os corações.
Sou um pobre adepto da fé reformada, completamente do lado de fora do trono, e diante de cada ser.
Anuncio os meus desejos ímpios,
Sacrifico os meus passos nos livros límpidos.
Onde haveria de ser brisa, hoje é solidão.
 E o gosto morre nos labirintos de ilusões.
 

Eric Fall
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