quero-o avulso
de percas,
atrevido,
pleno de pensar.
quero-o infindo
das horas,
perdido dos
estágios do tempo,
beirando o céu.
não quero guardas,
nem chaves de argolas,
mercadejando ampulhetas.
peço o que
se dá,
quero o que
se desfaz de si,
grito o augusto que é:
perto do ômega.
espero a chegada.
faço de minhas mãos
moradia, enlevando
simplicidades
- donas de mim -
meu beijo esquecido
em suas terras,
em lagos vazios
de perguntas.
espere. me espere !
sou riso e alegria.
Maria
© Todos os direitos reservados
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