Respeite...
Minhas palavras caladas,
o sorriso que se apagou,
as belezas que rondam e não vejo,
aquela mulher que já não sou...
Respeite...
Os versos alegres que hoje não faço,
o encanto envolvente que se acabou,
a tristeza que mora e rola em meu peito,
esse meu semblante, retrato da dor.
Respeite...
Os dias, as horas...O tempo!
Em que nos amamos sem vê-lo passar,
e passou tão depressa sem nem avisar...
levou o meu chão, meu mundo, meu ar...
Respeite...
Não seja insensível à dor que ficou...
Às marcas cravadas que a vida não tira,
à doce poesia descrita por nós.
Portanto lhe peço
sem mágoa ou rancor,
respeite meu pranto,
respeite o amor...
Carmen Lúcia
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele