Delírios de um poeta

Delírios de um poeta

 
Caminha junto à lucidez e à loucura,
sem nunca recuar, pois sua vida é uma procura...
Ora sóbrio, ora ébrio, sedento de emoção,
galopa sem cavalo, voa sem ter asas, levita sem ficção...

Possui alado o seu coração.
 
Serra as armaduras de seu peito atravancado,
libera pensamentos inusitados, seres transfigurados,
Monstros, Aliens, Bichos de Sete Cabeças;
mergulha fundo em seu mundo ilimitado.

 
Pensa no Apartheid, no sentimento infundado...
 
Como um louco, uiva feito um lobo ao ver a lua;
exige  inspiração que abrande sua loucura...
Quando lúcido, em menino se transforma ao se enternecer
diante da beleza da flor que está por nascer...

 
Sóbrio ou ébrio, canta as amarguras e as venturas.
Vai à guerra, da morte se aproxima...
Relembra angustiado a "Rosa de Hiroshima".
Pede a paz agora, reza, implora e chora...

 
E assim segue o poeta
pela vida afora...
 
_Carmen Lúcia_