TOC, TOC!

Bato na porta e ela se abre:

um castelo escuro com a maldição de pensamentos inoportunos.

 

TOC, TOC!

Nessa intensa batida vejo o sofrimento de muitos

a dor que me cerca em vales profundos de agonia.

 

TOC, TOC!

A cada passo

em cada segundo

vou morrendo a cada hora

pelo imenso sofrimento que a batida me trás.

 

TOC, TOC, TOC, TOC, TOC

pensamentos obssessivos que sempre me lembram

seus ares invasivos e ameaçadores dentro de mim.

 

Vejo-me indo embora, vendo a dor a cada hora

sangranda a minha alma e o meu coração.

 

Na batida de muitos TOCs, vejo que vou morrendo

em cada toque, em cada toque desse TOC que há na porta.

Na porta dessa maldita maldição maldita maldição maldita maldição

maldita maldição maldita maldição maldita maldição maldita maldição

de vida.

 

O TOC me deve e ele vai pagar. Por batidas malditas nas portas

que foram abertas sem minha permissão. Portas internas, portas secretas.

Pegarei o TOC NO INFERNO e ele se lembrará de mim.

 

TOC, TOC! era a batida da porta.

Diego de Andrade
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