PALAVRAS NÃO IRÃO ME DERRUBAR MAIS
Por: William Vicente Borges
A vida costumava ser menos cruel
as pessoas costumavam ser mais doces
os sonhos costumavam ser mais reais
os amigos pareciam ser mais sinceros
Os anjos sempre estavam por perto
as flores desbrochavam com mais viço
os pássáros eram mais sinfônicos
e eu costumava sorrir bem mais
Mas quantas palavras ditas com ódio
quantas razões estúpidas criadas
palavras que apunhalam a alma
elas jogam no chão e machucam
Não se ouvem os sussurrros do perdão
antes, os gritos do rancor
Não se amparam mais os feridos
a eles a injeção fatal do "dane-se"
Palavras que fazem lágrimas jorrarem
que alimentam a sensação total de fracasso
que destróem a chance de retorno
que maximizam o sentido da angústia
Mas decidi que eu continuo de pé
palavras não irão me derrubar mais
os estúpidos continuarão sua cantiga
e eu voarei com as asas do vento
A vida costumava ser menos cruel
as pessoas costumavam ser mais doces
os sonhos cuostumavam ser mais reais
os amigos pareciam estar mais perto
Mas ainda bem que os poetas estão vivos
e a doçura pode sobreviver em versos
fruto de corações puros e imcompreendidos
Senão que sentido teria a vida?
Palavras não irão me derrubar mais
longe estarei dos que carregam maldições
cujo prazer é a destruição
cujo motivo de vida é destruir
Estou prometendo isso a mim mesmo
já chorei demais, preciso aprender
serei o oposto dos ódios incontidos
serei a voz do amor, mensageiro do amar.
................
Inverno de 2009
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Distribua-o sob essa mesma licença