Com arrogância e um grosso sal de inveja

vejo a vida passar por mim sem ter me visto(ou o contrário?)

A poesia não deveria ser um rebanho de orgivas nucleares prontas para explodir....

nem sempre.

As palavras não deveriam ser tão difíceis assim, nem sempre.

Deveriam ir aos ouvidos universais que sofrem agora.

Que não sabem ler, que não têm a medida exata de qualquer hora.

Ela poderia ser mais simples, mais romântica.

Poderia tocar na alma dos pobres sem rima, sem coração, não há coração.

 

Entretanto, falo como um falso, pois adoro fazer rimas

adoro na lírica, mostrar que sou forte que sou bom,

mostrar que sei e que não sei, mostrar o grande poeta que sou!( ha!...........perdoai-me, pai!)

 

Adoro palavras eruditas, que em meio de versos sem sentido

façam sentido a almas perdidas. Perdidas por não saber,

não saber quem se é, pra que se é.

 

Estou sendo falso. No fundo, eu não queria utilizar palavras difíceis

nem queria rimar tanto. Não queria mostrar o meu EGO para aparecer

como alguém que faz poesia para fugir do mundo e ser pop na letra.

Não sou tão grande assim......mesmo querendo ser.

 

Seria mais bonito falar pouco e muito.

Bem calmo e furioso.

Sincero e mentiroso.

Falso e calado.

 

Mas não consigo, não tento. Até tento, mas não consigo.

 

A contradição vem a mim como uma amiga de anos.....

Somos parceiros nessa trajetória da qual não me conheço.

Somos corpo e alma a sorrir. (Chorar)

 

Sonetos, rich words, pretty words, rimas, ORGASMO

DA SACANAGEM DE SENTIR ALGO QUE PENSAMOS SENTIR

POR ALGO QUE NÃO EXISTE.

 

Façamos mais. Vamos além. Façamos poesias sem fim.

Por que a crítica, essa crítica, é apenas, somente e só

exclusivamente PRA MIM.

 

Quero eu, um dia, tocar a humanidade com palavras

palavras de conforto, de romance; que todos um dia

me entendam e que não satisfaçam meu pobre ego

que venham até a mim e me digam: Amigo, vc me salvou

desta, caro poeta.

Diego de Andrade
© Todos os direitos reservados