TEMPO IRREAL
Seguro o mundo na palma da minha mão.
Quebro a barreira do meu tempo sonhando.
Percebo o vento que vem em várias direções.
Percorro estradas como uma andarilha.
Descalça ao léu, vagueio por entre as flores.
Dança com a chuva o dia que vem.
Defino então meu real como uma orquestra.
Regida com entusiasmo de um maestro.
Com a harmonia de uma música instrumental.
Ostento sonhos imaginários e doces.
Que reverto em poesias para lançar ao mar.
Bebe a lua com o cálice prateado. Bebo a lua.
Vejo um modo de seguir essa viagem em paz.
Irradio sorrisos e deslumbro com as cores do dia.
Capturo a brisa que vem levemente me afagar.
Num impulso salto o tempo e reviro a terra.
Com diplomacia de uma aprendiza solitária.
Atravesso o infinito das horas clandestinas.
Faço rascunhos irreais! Apenas reescrevo as palavras.
Minha mente é o avesso do eco! Não repito.
Toco uma flauta! A canção que está em mim.
Entre realidades e sonhos levito no azul.
Danço com as cores naturais! Minha particularidade.
Sou então a andarilha de um tempo irreal.
Soraia
Meu tempo é irreal..
Mas tenho os pés no chão..
Aprendi com a vidano meu tempo real
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor