Este homem, cujo rosto e corpo
esculpi em pensamento.
Que vi nascer em minhas fantasias mais inocentes.
Tem a beleza de Narciso,
revelando-se, brandamente,
a caminhar sobre os meandros de minha consciência.
Neste sonho delirante,
delineei este rosto, este corpo,
que tanto admiro e amo,
deixando-lhe minha marca, meu brasão de múltiplos signos.
Enquanto vou inserindo-me nestes traçados,
uma indescritível onda de prazer brotou-me, subitamente.
Tamanho o regozijo de vê-lo materializando-se,
em formosura Osiriana... Altivo! Imponente!...
Um mito a acorrentar-me os pensamentos.
Ah! Que sabor de glória tem o amor
que sinto por este ser mitológico.
Que se veste de anjo e aborda-me na cama,
arrastando-me em suas armadilhas de doces encantos.
Jaci Leal Santana
© Todos os direitos reservados
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