As paixões dos verões
por hora esquecidas.
Os invernos de cada um.
Milhas distantes.
São mares antes
nunca navegados,
agora visitados.
Fogo que não queima,
mas aquece com
seu suave calor.
É chama que crepita
na essência do ser,
no íntimo da alma.
É partícula de luz divina
que vivifica
a biologia do corpo.
São olhos vivos
que desenham um olhar
cheio de sentimentos.
Na expressão humana
o desenho do espírito
abrigado no corpo.
Uma fotografia facial
onde as tintas de emoções
vencem os traços.
Vã filosofia. Vã teologia.
A pessoa. O fato.
A vida. O tempo perdido.
Por entre a miliciana
marcha das horas
o divagar do pensamento,
que se perde na inspiração,
na imaginação que cria
versos inesperados
que chegam sem pedir licença
para entrar, visitar a mente,
e provocar as mãos.
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