Vera Cabalini


Prazeres sentes tu,
quando me fazes cair
nas  frias malhas da
insignificância!

Alegra-te o coração,
saber-me curvada
face aos  silêncios
de tuas distâncias!

Tens tu,
o dom de revestir-me de fraquezas e,
diante  da tua nobreza,
sou ingênua criança!

Ocultas tu,
o semblante da própria face e,
implacavelmente,
comigo rompe alianças!

Mas como podes tu,
recitares minhas demências e insanidades
se, tampouco, o meu amor  alcanças?

Cumpre-me ressaltar,
que não quero lágrimas na tua linda face,
para não saber violada
a tua elegância!

Não me revelarei em preto no teu espelho
Também, não é vermelha a minha  fragrância.
Buscarei em outros mares,
o verde da minha esperança!

 

Vera Cabalini
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