O guapo.

 
 
A mão abriu a cancela, o animal dispôs sua tirania.
Os prados ficaram pequenos para aquele divertimento.
O sol pairava sobre a relva que açoitada pela ventania,
Chiava se misturando ao relinchar do potro asneirento.
 
Ao chibantear-se o guapo demonstrava sua valentia,
O dorso do potro pulador lhe servia como assento.
O guapo mostrava aos pampas floridos sua serventia.
A galope o alazão faiscava cortando o fio frio do vento.
 
As esporas prateadas reluziam nas ancas do pulão feroz
As rédeas de couro cru norteavam os seus corcoveados,
Nas planícies o burrão deslizava cada vez mais veloz,
Como as gazelas que brincavam pelos campos esverdeados.
 
Sua sela gaúcha, sua chibata não faziam do guapo um algoz.
Domar era o seu maior prazer. Sua destreza tinha por garantia.
O trote manso do alazão se fazia ao comando firme de sua voz.
Quem conduzia era o peão, domado, o alazão tinha grande valia.

Construí este poema em homenagem aos valentes cavaleiros gaúchos que teen em sua cultura a arte de domar cavalos. Obrigado pelo carinho da visita ao sair deixe um comentário ou uma simples critica.