Será que posso me apaixonar pelo que é bom?
Me enternecer pela insegurança?
Aceitar o sossego?
Escutar confissões sem uma pontada de desdém?
Entender que do amor não preciso ser refém?
Acalmar as esperanças?
Será que o amor se constrói?
Ao menos já sei que o desdém o corrói
Será suficiente para ignorar teu desespero?
Como fingir não saber que em teu lugar era eu?
Ao invés de lisonjeiro, toma-me a falta de zelo
És tão certo que me refreio
Precisarei sofrer para te enxergar
Perder para amar
Enlouquecer para desta loucura me sarar
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença