Mãe no sepulcro

 

Funesta caminhada, longa estrada.

Ao cemitério vou. Os passo são lentos,

Meus olhos encontram outros olhares

marejados pela dor da saudade.

Na alma somos crianças, desejosos

por colo de mãe.

Carentes de afago.

No meu silêncio,

recordo os bons momentos,

os sorrisos, os toques.

Mãos de mãe são sedosas,

aliviam as dores, as tristezas...

Agora cá nesta lápide, gélida,

mas, do vento ainda sinto o teu leve beijo.

Tua essência embala minhas noites,

O que de mim seria,

Se não fosse  minha Mãe, minha doce Maria.

 

 

Socoro Vieira
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