Os tempos são outros,
diria alguém.
Quando a juventude nos começa a deixar,
e as feridas antigas, quase cicatrizadas,
se vão abrindo novamente.
A razão que o diga.
Será essa a idade da razão?
Ou a idade do coração?
Afinal, o que seria de um deles,
não fosse o outro.
Um coração vazio, sem razão,
ou a razão sem coração?
Uma coisa é certa:
É assim com o amor.
Chega de mansinho,
é a paixão,
quem manda é o coração.
Vão-se os anos,
uma nova chama,
quem manda é a razão,
mas essa chama, quem a abriga?
É ele, claro:
O coração!
Marco Aurelio
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