BANQUETE

 

 
 

 

Quero sugar o teu sexo,
Lamber tua pele.
Quero algo que me revele
O gosto
Que já esqueci.


Te quero entregue aos meus desejos,
À potência dos meus
Outrora beijos,
Do meu tesão
E do meu amor.

Te quero impôr dor,
Uma dessas não doces.
Uma diferente,
Que não se assemelha
A nada do que fosse.
Uma forma de doer
E de sentir
Que mais erros estão por vir,
E que , mesmo assim,
Nada muda, ou mudou...
Esse banquete de carnes
-Bacanal pessoal-
É apenas algo trivial,
Quando esqueço
Que por detrás
Dessa mulher que amo,
Há ainda
A mulher
Que, salvo engano,
Aplacou toda a fome que tive
Um dia...


Um banquete...
Sim!
E olhares,
Um no olho do outro,
Onde
Cada fragmento da fome
Sumia...

Alimentei-me dela.
Ogro da Fiona
© Todos os direitos reservados