Olhando um pôr do sol, a noite vindo
Esse clarão que foi... todo ele fogo
Eu fico embevecido e reflectindo
Sobre a vida que vai... E desde logo,

Comparo esse calor que já se foi
A este que de nós também se vai
Ocaso desta vida, que a destrói
Como se fosse a noite que assim cai

Só que de sol há outras alvoradas
E surgem novos dias quais crianças
As noites são bocados... quase nadas

Na vida vão-se forças e vão esperanças
Prá morte elas caminham apressadas
Parece que há com elas alianças.

Joaquim Sustelo

Joaquim M. A. Sustelo
© Todos os direitos reservados