Suas palavras gritavam aos ventos,
levando sonhos de amores e de inocências...
Seus versos, orações que atingiram os céus,
suplicando ao Deus vivo mananciais.
Fora muitas vezes um grande amante, amigo;
Ora suplicava pela “ pobre mãe do cativo”;
Ora prendia – se um frágil “laço de fita”;
E, como bandoleiro, corria muito perigo.
Na luta incessante e abolicionista;
No convés de um negreiro foi a içar,
dedicando sua fé e força artística
bradou ao infinito em favor da África.
Ao partir a América de Colombo chorou,
as lágrimas sofridas da “mãe penitente”.
Mas em “livros caindo n'alma” registrou
a riqueza poética extraída “daquela mão”.
A América e a África até hoje choram.
Quanta poesia fica; tantos poetas vão embora!
Deus! Quantos como este hoje Te suplica?!
Ecoando poemas que brade então ao infinito:
- Deus! Senhor Deus!
Onde ele está que não responde?
Em que mundo, em que estrelas o esconde?
Onde ele está, Senhor Deus?!
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