A sensibilidade tomou conta daquela bela senhora
Se fez diminuir ante tão grande poder
Nada levou, nada deixou - o nascer, a morte
O caminho florido ainda que estreito
Vislumbra o mistério dos pequenos passos
Maçãs se curvavam às centenas
honras que a natureza lhe presta
Vida que se olvida do seu papel
O segundo plano amofinado na trilha do tempo
Perceber o amanhã nos presentes de agora
Segue a linha da vida
Abrindo espaço para a ilusão
O mar rasgando o amor
Atravessa o abismo, suporta o frio
Do invisivel surge um véu
Do outro lado, a eternidade
Beber a água, curar o espírito
Dizer que é doce o que a bem pouco
Desmanchava o fim secando as lágrimas
Muito mais que um filho
Folha que se desprende da fonte
Colhida pelo vento
Voa livre ao encontro do amor.
Roberto D'ara
© Todos os direitos reservados
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