Saudades que um rei tem
Dos seus tempos, das profecias
Tocadas pela flauta do bobo
Que enche todos de alegrias
..
São muitas perguntas que lhe fazem
E os seus sonhos parecem não ter sentido
Os seus feitceiros só vêm enigmas
E os seus subditos começam a duvidar do seu juizo
..
São incógnitas constantes
Pensamentos cósmicos o assolam
Serão os sonhos as novas profecias
Ou serão loucuras que dele não descolam
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Com o vento surge uma voz
Uma jóia rara para os seus ouvidos
Que profere poemas a cada canto
Poemas que nunca foram lidos
..
O rei pergunta então que voz é aquela
Mas ninguém lhe sabe dizer
É um mistério imenso
E o rei se levanta para o mistério resolver
..
Ele deambula pelo seu reino
E todos os lugares percorre
Porque a voz continua a ouvir
E ninguém o socorre
..
De volta ao seu castelo
A voz de frente lhe aparece
É a sua filha que canta
E ele chora como se tudo entristecece
..
A filha corre para o pai
E pergunta porque ele chora
E ele responde simplesmente
Tu és a minha eterna profecia que sempre me adora
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