Solidão
Onde encontro as palavras dos meus versos
Onde elas sempre encontarm os versos do poema
E se unem para achar o caminho da alma
Voam para longe levando consigo a razão
Deixando à flôr da pele
Pequenas sementes de desejo
Gôtas de ternura que o pensamento disfarça pra não se envolver
Segredos que as aves guardam quando querem amar
Até onde posso ir despido no azul dos teus olhos?
Que mal há em desejar o vermelho dos teus lábios?
As cores se desfazem
bem que tentei calar a voz dos teus apelos
Não me ponhas sob juramento pr'eu não ter que mentir
O calor da manhã permanece comigo
Ilusório crer em tão minúscula grandeza
Simples quadro na parede
E uma virgem grávida
ajoelha-se aos pés da sua dor.
Roberto D'ara
© Todos os direitos reservados
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