Os poetas cairão sobre os planos mortais do agora
Ou de antes do amanhecer
Chegarão pelas madrugadas sem aviso
E de repente como chuva,
Sim, os poetas cairão!
 
Irão cair nos pulsos dos poemas solitários
Fazendo-nos lembrar o amor, perdido amor.
Então, salvem os poetas!
Invasores de milhares de vidas sozinhas
Trazendo na chuva poesia despercebida
E caem versos molhando o chão.
 
Sem perder nem um cantinho do chão
Conquistadores ou conquistados?
Buscam castelos nobres e todos tão frios
Suas distantes e lindas princesas feitas prisioneiras pelas próprias mãos,
Torres cada vez mais altas
E versos impossíveis
 
Mas somente procuram por corações sensíveis
Também por pedras, leões
Muito mais sensíveis do que palavras perdidas
Não. Não deem ouvidos aos poetas caindo do céu
Eles ainda conseguem sonhar, não é incrível?
 
Caem em todas as formas os poetas
Às vezes como pássaros coloridos a cortar sonhos entediados,
Mas por que cair aqui?
Do meu inverno pouco já restou
Ficaram os planos mortais, quase mortos.
 
Caem os poetas, caem aos punhados!
Por poemas perdidos, gritava um deles.
Procurando um coração pra ele, só pra ele, gritavam outros
Se caem, eu sei porém, não perguntei por que

 
Imaginei sim, que nas estrelas não encontraram seus sonhos. 

Professor Jedson
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