Eu vou morrer na próxima curva,
de paixão.
Com o frio do vento
Me deixarei levar em busca da luz prometida pela madrugada
E, quando ainda estiver em meio ao crepúsculo,
Vou morrer na próxima esquina,
de paixão.
 
Eu vou me deixar morrer,
Pois sensíveis são as pedras das montanhas, as presas de um leão
São as rochas lá nas cachoeiras.
Sensíveis, não quanto às palavras que não vêm e me faltam
E que me fazem morrer na próxima primavera
de paixão.
 
Não importa se irei morrer muitas vezes,
Quantas forem preciso
Se sensíveis não são os corações, nem a saudade na minha rua
Nem as que sinto.
Sensíveis são as pedras onde irei deitar-me
Ao morrer no próximo vento,

 
de tanta paixão.

Professor Jedson
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