Eu que nasci lá na roça,
Embaixo de uma palhoça,
Quem sabe, talvez eu possa,
Falar um pouco do meu sertão.
 
Aonde o sol encandeia,
A chuva fina pranteia,
E o clarão da lua cheia,
Devassa a escuridão.
 
E o dia chega cedinho,
Pondo orvalho pelo caminho,
Realçando aquele cantinho,
Lá no final do estradão.
 
Que tem o canto do sabiá,
O assovio do arisco preá,
O grito longo do jupará,
E a cor brilhante do azulão.
 
Mas, sobretudo eu vejo,
A garra do sertanejo,
Cheia de força e desejo,
Um batalhador guerreiro.
 
E na alma desse sertão,
Coloca o seu coração
No pulso forte e na mão,
O dom de ser brasileiro.

Dedicada aos sertanejos desse País. Ao sertão de Luis Gonzaga e de tantos outros.

Santa Cruz Cabrália 04/01/2009

Lannes Alves de Almeida
© Todos os direitos reservados