A BRISA inspira-me!
Nota prévia do autor: Não confundir com poesia
Quando ela o conheceu, ela era vereda por desbravar,
depois ele começou a limpar-lhe as bermas,
a alargar,
a alargar
e a tratar-lhe do piso,
até que ficou bem larga;
tipo auto-estrada,
onde ele não paga portagem
nem na fenda mete cartão,
basta passar-lhe a mão!
Ele gosta de passear na estrada dela,
cada passeio é uma prenda!
Gosta de apreciar sua paisagem,
sentir-lhe a brisa no bigode,
ele guia sempre com cuidado,
e embora autorizado
nunca passa dos sessenta e nove!
Mas, por vezes tem saudade
de quando ela era vereda estreita
apertada,
mas, enfim,
ela não é perfeita,
está desculpada.
Ele também não é perfeito,
porque por vezes pensa fazer uma viagem,
mas vê que tem falta de gasolina
e avariada a buzina!
Mete o carro na garagem!
Fica só a olhar a paisagem!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL
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