As palavras mantidas em cárcere,
Do coração são prisioneiras.
A boca fechada e algoz,
Com a língua enlaça e pondera.
Um sorriso acompanha
A marcha fúnebre do olhar.
Tudo é frio em dia de calor.
Tudo é dor após analgésicos.
O domínio próprio algema
Um sentimento a flor da pele.
Nele, subsiste uma vontade submissa.
Se um ladrão roubar estas palavras
Dos teus olhos:
Disfarce! Isso será melhor que
Saqueá-las da tua voz.
Por vezes, melhor ainda será
O veneno que se acomoda
Nas tuas rachas e fendas.
Faça da distração o bálsamo,
Para tua ferida.
Eu o fiz. Por favor, entenda:
Achei melhor assim do que abrir
Minha boca e morrer em vida!
Por vezes. as coisas ficam caladas no coração! Obrigada por me ler. Beijos.São Paulo, sp
Elisa Gasparini
© Todos os direitos reservados
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