DE REPENTE O AMOR

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Hoje eu me vi dos risos
Aos prantos,
Da paz, a guerra.
Do amor, ao ódio;
Da esperança ao desencanto;
Do aconchego ao abandono,
Da razão a emoção;
Da sensatez a loucura;
Do que eu era,
Ao que jamais eu seria.
 
Não me perdi, e nem fui encontrado.
Não fui malvado, e nem bondoso;
Não enganei, e nem fui enganado;
Não olhei para frente, nem olhei para trás;
Não vigiei, e nem fui vigiado;
Não vi ninguém, e por isso
Também não fui visto por ninguém;
Não neguei,
Mas quando precisei me foi negado.
 
Não vi as estrelas,
Nem a lua.
Não li poemas,
E nem escrevi poesias;
Não fui casa,
Tão pouco fui rua;
Não fui noite,
Tão pouco fui dia;
Não fui tudo,
Menos ainda nada;
Nem dia de calor,
Menos ainda noite fria;
E quando tudo parecia claro,
Fui encruzilhada.
 
Mas teu amor abriu a madre do céu,
E fez chover sonhos lindos
Nos meus olhos,
E de repente,
Acordei do pesadelo que estava vivendo,
E uma grande alegria de viver
Brotou no meu ser,
Porque conheci você...
Que é uma pessoa
Com o coração lotado de amor.
 
Poesia: Luiz Pereira
Foto: Imagem de dominio publico:
Site: http://www.fotoplatforma.pl/

 

As vezes escrevemos poesias pra outras pessoas falando do que elas não desejam ler. Por isso eu sempre eescrevi poesias falando de mim pra mulher que amo, e são esses sentimentos que fazem com que outras pessoas se identifiquem com o que escrevo e vejam nas minhas poesias, suas próprias palavras.

Esse é mais um poema pra minha amada esposa Alméria Montezuma, minha maior inspiração.

Brasília-DF, 15/12/08

LUIZ PEREIRA DA COSTA
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