“Ilusão”
 
O homem solitário tomou seu caminho repleto de mentiras enterradas sanadas, deixou para trás somente o martírio.
 
Não era novo, também não usava bengala, era maduro o menino, se quando rapaz tagarelava, com os dias em seu encalço, aprendeu a falar apenas com os ouvidos.
 
Livre enfim na jornada, a encruzilhada mostrou-se um alívio; um bom dia à estrada.
 
O homem solitário, por Deus encontrara descanso, paz, um ofício, ganhou de presente uma vida regrada; sua história lhe trai, mostrando que a paz de outrora, não passa de um mero fechar de olhos, içando a tona um homem mimado, cheio de fracassos tentados, vividos.
 
Livre sem poder se mostrar, escasso é o ar que respiro; preciso apenas de paz.