Sempre fui, mas ainda não me descobri,
Quando te descobres já não te alcanças,
Porque já mudastes sem ver as mudanças;
Caminho, cresço, é curioso nunca me medi.
Sou mar revoltado, sonho que ainda não vivi,
Sou nau que zarpa, sou a vela que o mar tapa,
O vento que nos refresca, que nos destapa.
No mapa, sou a rota, no teu corpo renasci.
Fui doente sem nunca ver a maca, o sorriso
É meu ser, os lábios são a minha marca,
E quando no teu corpo me perco, navego
Num mar desconhecido sem rota ou mapa.
As estrelas guiam quando a noite aparece,
Teu sorriso quando elas desaparecem,
Momentos que ficam e não se esquecem,
Sou amor que o teu coração não esquece.
Bruno Dias
© Todos os direitos reservados
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