METÁFORAS

(O poeta)
 
 
Sou um poeta das canções,
Das noites enluaradas;
Das meninas perfumadas;
Com suas doces ilusões.
Sou um poeta das florestas,
Que nas altas madrugadas;
Deixa risos nas calçadas,
E gritos nos seus rincões.
 
Sou um poeta encantado,
Quando escreve uma toada.
Pra alegrar sua amada,
E as suas emoções.
Sou um poeta das campinas,
Dos vales, rios e prados.
Da cor dos olhos das meninas,
Dos ventos que sopra o cerrado.
 
Sou um poeta brejeiro,
Cujo cantar seresteiro,
Faz feliz as querubinas.
Sou um poeta dos sertões,
Da lua nos longínquos rincões,
Onde a lua cor de prata,
Faz vibrar os corações.
 
Sou um poeta que se humilha
Aos pés da mulher amada.
Que faz dueto com as estrelas,
E numa simples serenata.
Fala de amor com ternura,
Em todas as suas versões.
 
Sou um poeta da rua,
Das verdades nuas e cruas,
Que precisam as multidões.
Sou um poeta de paixões,
Cujas mais lindas emoções,
Sabe mostrar com doçura.
 
Por isso sou um poeta,
Que deixa o riso e a dor,
Ultrapassar seus limites,
Como o colibri e a flor;
Como o peixe e a cachoeira;
Como o sabiá e a laranjeira;
Como a chuva e a natureza;
O amor e a singeleza;
O amante e sua amada;
Fazendo da madrugada;
Palco de suas emoções.
Poesia: Luiz Pereira
Foto: Imagem de dominio publico:
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