Não, não te ouço em teu perpetuo silenciar
Minhas entranhas clamam, surdas, um aceno
Seu brilho assume a noite em meu olhar
E a melodia invade meu imenso ser pequeno
Ah... rarefeita imensidão que me apavora
Junto a ti me transporta a lente do oceano
Nesse lúgubre desejo que a distancia devora
Vai alada porfia, vai soar meu desengano.
Vento amigo te peço, se ajoelhe em calmaria
E a ti nuvem bendita, ir um cadinho pro lado.
Noite, plangente imploro, fuja da luz do dia!
Tua doce presença aureola-me o balançar
Em lânguido espraiar, sossega meu rugido
Como ir ti? Mergulha em mim teu brilhar!
Manito O Nato
15/10/2008
Um imenso amor que encontra plenitudo em si sem se realizar. Como a Estrela, amor do Mar!
Manito O Nato
© Todos os direitos reservados
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