PURIFICAÇÃO NA CAVERNA

 
Um eremita surge.
Foge. Não tem sorte.
Não procura a morte, senão apenas uma caverna.
Dizem que há uma taberna, nada de mais.
Só procura algo para beber, sede saciar...
 
Solitário...
Não há águia nem cobra.
Apenas uma taça,
Sendo o suficiente para contemplar.
 
Não suportava os menosprezadores
Com o refluxo do fluxo do Homem.
Enfastiado com blasfêmias e doutrinas.
 
E agora eleva sua alma
A calma...
Há somente um anelo de amor...
Como vapor insondável.
 
É por uns dias que ficará por lá,
Para purificar.
Suficiente para um virtuoso.
 
Mas regressar será uma árdua tarefa.
Tudo aquilo vaporoso não há mais.
De volta a terra.
Venenosa, venenoso...
 
Eriça-se ao pensar.
Mas essa é sua missão, mas há não regressão,
Nem manipulação, senão orientação, opinião...
 
Com ar de despreocupação, despreza o bem e o mal,
Sem recompensas, tampouco juízo final.
Mostrará que acima de tudo a prática do Amor
Em sentido estrito e amplo
Mencionará até chegar ao sepulcro.

NOVA FRIBURGO - RJ