Meras ocasiões memoráveis

Crio os meus próprios contratempos
As minhas próprias dificuldades e necessidades
Sou culpado por uma dissertação de adversidades
Sou eu que sou feliz de tempos em tempos.
Pondero os meus próprios raciocínios
E com ele eu me viro, me divirto e me dissinuo.
Com isso continuo sendo o medo de meus princípios
O qual decido em meus planos e ofícios.
Luto pela ausência da saudade mergulhada em anilina
A qual de real só existia a sua insensatez fingida
Na própria língua ainda tão por ela mordida
E que sangrava ao tentar lavar com outras vidas.
Quero conter os meus versos
Criar os meus poemas
Fingir estar com pena
Das tréguas e réguas e trevas.
Condeno a tua atitude inesperada
Inusitada a sua conduta excitante
No meu delírio momentâneo e arrogante
Quando sentia a tua feminilidade acústica.
Quero separar o certo do errado
O sorriso dos teus lábios
O fruto dos Sábados
E o suor de teus lados.
Crio minhas próprias oportunidades
As minhas próprias facilidades
Sou inocente de toda a culpa ainda não cometida
Sou eu que constantemente me encontro com a minha carne ferida.

Até hoje não conseguir entender esse poema, por favor me ajudem a entender o que escrevi.

Salvador

Fábio Avanzi
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