O resto do mundo, que a podridão devore.
Ao colapso moral, decaído, inibido em tua própria consternação
Aprimore também o sistema corroído
Armazenado ao seu próprio mundo de imaginação.

Imagine ser usado, humilhado pela sua degeneração
Ao passo que eu me vejo desolado, consumado a minha integração
Vejo teus dias contados, embriagados de tamanha melancolia
Imagino eu ser o culpado, ou esta minha caligrafia.

Apenas resete o passado inconsumado
O amor desajeitado
O beijo quase molhado
Que carrego ao teu sexo profanado
Pelas situações incertas ao meu lado.

Se, o resto do mundo continua vivendo
Eu não serei capaz de entender o futuro
Não sou o começo ou o fim de quase tudo
Mas gostaria de ser a parte que não se estar morrendo.

Mortas, estão as palavras decaídas em suas atitudes imorais
Imorais são os séculos que aprenderam de você
Fruto da mais pura interrogação e zombaria
Talvez resultante de todas as caligrafias.

Fábio Avanzi
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